estranhasbrincadeiras II
Pedro and Rita, de Kerry Evans O Halloween parece que chegou a Portugal e veio para ficar. Os miúdos mascaram-se, há festas temáticas, o tema surge em todo o lado. E o tema é a morte. Mas a morte brincada, não a real dos funerais, mas a da fantasia, dos fantasmas e bruxas, da magia, da diversão. Podemos divertir-nos à volta da morte? Parece que sim. Que ideia mais estranha. Não é a morte o que todos tememos? Será o tema o medo? O que fazemos aos medos? Um pai inventava histórias para o seu filho antes dele adormecer, histórias com monstros. O filho pedia sempre histórias mais assustadoras. O pai perguntava: como é que ele não tem pesadelos? Porque os medos dos pesadelos estavam envoltos na segurança da relação com o pai e na fantasia das histórias partilhadas. Porque brincavam. Como os contos de fadas, cheios de violência, que sobrevivem aos tempos e ainda se contam às crianças - o lobo mau, a rainha má, os feitiços, as mortes. As crianças não costumam ter pesadelos com as hi