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A mostrar mensagens de dezembro, 2016

O bebé. O casal. A aldeia. A estrela.

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http://coolmom.info/pt/pages/490970 O Natal é muita coisa diferente para diferentes pessoas. Mas religiões à parte, o Natal entrou nas tradições da maioria como uma comemoração da família. A família é essa coisa que leva muitas pessoas a escrever muitas coisas. Que isto já não é o que era, que está tudo pior, são os divórcios, os pais que trabalham demais, as crianças que têm coisas a mais e tempo a menos. Prendemo-nos ao modelo de família tradicional e achamos que esse é que tinha tudo resolvido e direitinho e que produzia crianças / futuros adultos saudáveis.  Pois. O mundo gira, a humanidade muda, os tempos são outros. Mas continuamos todos a ser gente. E todos, todos (excepto uma ínfima quantidade de gente doente) queremos o melhor para os nossos filhos.  Por isso lemos estas coisas que os psis escrevem. Queremos ser bons pais. Mas também queremos ser livres, realizados no trabalho, ter relações conjugais felizes, vidas sociais que nos preenchem. Será tudo assim

Já pensou em oferecer consultas de psicologia pelo Natal?

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A Woman Dragging a Man (Study #1), 1994, de Warren Criswell http://www.warrencriswell.com/collection-rockysapp.html Somos tão bons a pensar os problemas dos outros. A começar pelos psicólogos, claro! Mas os outros, os amigos, o familiares, nós todos, olhamos para as vidas dos outros e os problemas parecem-nos claros, as soluções óbvias. Precisas de sair, apanhar ar, precisas de arranjar um(a) namorado(a), esquece lá isso, não penses mais nisso, cuida de ti, alimenta-te, não comas tanto, devias fumar menos... E quando a coisa do outro parece tão má que não dá a volta nem por nada, há quem aconselhe que o outro vá ao psicólogo. Há até quem se ofereça para marcar a primeira consulta, para ir junto, para pagar. As pessoas (ao contrário do que alguns sentem) realmente preocupam-se e querem ajudar. Já pensou em oferecer consultas de psicologia pelo Natal? Sim? Não o faça. A decisão de ir a um psicólogo, de iniciar terapia, é uma decisão muito pessoal no sentido da autonomia. Nunca

Natal incorrecto

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Foto de http://www.galenoalvarenga.com.br/artigos/por-um-natal-diferente Ai... que vou ser tão politicamente incorrecta... Mas há coisas que às vezes é preciso dizer. E ouvir.  Portanto, é Natal. Tempo de comemorar a família e a comunhão (com ou sem religião). É também tempo de lembrar os avós que morreram, os Natais mágicos da infância, aquilo que se perdeu. E quem goza de boa saúde lembra o passado mas comemora o presente. Porque o presente está cheio, pleno, num papel diferente mas mantendo a magia do Natal para as crianças de agora, ou para os adultos, mas sempre para e com alguém. Juntos. Então porque tanta gente se sente só nesta altura? Em tempo de celebrar a paz, de sermos caridosos, de pensarmos em quem tem menos, muito menos, tão menos... alguns de nós sentimo-nos vazios. Separados. Isolados. Tristes. Uma tristeza difícil de explicar, quando toda a gente, mesmo o mais desconhecido dos desconhecidos na rua, é capaz de nos desejar boas festas e bom ano e paz e amor