Smother







Porque há quem não possa amar, porque amar é despir e despir é sentir e sentir é querer tudo o que lhes faltou. Abafam. Querem tudo, pedem, exigem, sofrem com a perda de não obter o que é impossível de ser dado por outro. Outro que também quer, mas que se esgota no infinito buraco negro de necessidade de quem não foi saciado e parece nunca poder ser. E a coisa repete-se. As relações falham, a solidão pesa, a falta de esperança instala-se. Talvez fosse melhor nunca ter saído da barriga da mãe, onde a fantasia da dádiva, do envolvimento protector, da simbiose criadora, ainda pode existir. Para alguns, é preciso fazer-se nascer e alimentar-se a si próprio, é preciso reinventar a barriga da mãe para ao mesmo tempo sair dela e a carregar dentro de si. Para que as relações sejam prazer e não desespero, para que os filhos se tornem eles e não o alimento da mãe, para que não seja preciso ir embora de fininho. Para cantar outra canção.



Im wasted, losing time
Im a foolish, fragile spine
I want all that is not mine
I want him but we're not right

In the darkness I will meet my creators
And they will all agree, that Im a suffocator

I should go now quietly
For my bones have found a place
to lie down and sleep
Where all my layers can become reeds
All my limbs can become trees
All my children can become me
What a mess I leave
To follow (x4)

In the darkness I will meet my creators
They will all agree, Im a suffocator
Suffocator (x2)

Oh no
Im sorry if I smothered you (x2)
I sometimes wish Id stayed inside
My mother
Never to come out


Songwriters
TONRA, ELENA VERONICA / HAEFELI, IGOR ALEXANDRE


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